Uma Perspectiva Diferente Sobre Saúde Mental
O modelo médico de psicopatologia, estuda e compreende doenças ou transtornos com sintomas psicopatológicos, a partir de dois pressupostos básicos: a maneira com que os sintomas se manifestam em diversos pacientes; e o conjunto de sintomas pré-estabelecidos, sendo considerados de forma geral, aqueles padrões que diferem significativamente da média da população.
Deste modo, quando um transtorno é identificado e definido, busca-se um tratamento específico, que geralmente consiste em medicação, esta, determinada pela eficácia de medidas e estudos estatísticos, além de acompanhamento com terapias específicas. Essa perspectiva médica torna-se significativamente diferente do modelo analítico comportamental, cujos critérios de avaliação são essencialmente funcionais. Ou seja, os analistas do comportamento não consideram adequada a utilização de rótulos diagnósticos. Por priorizarem a descrição dos comportamentos do cliente, ajudando-o a lidar com suas ações e demais relações que lhe tragam problemas. Considera-se uma prática de grande benefício o abandono do rótulo de doença, permitindo que o cliente mantenha-se mais tranquilo. Ao adotar a perspectiva da análise do comportamento, onde todos os comportamentos são aprendidos, e as dificuldades podem ser "desaprendidas", torna-se possível a este cliente o aprendizado de novos repertórios comportamentais mais adequados aos seus contextos. Importante deixar claro que essa perspectiva não anula a necessidade e a importância do trabalho do psiquiatra. O adequado é o trabalho em conjunto, visando a melhora em do benefício do cliente. Reconhecendo a importância da pratica médica psiquiátrica em conjunto com a psicoterapia comportamental, na defesa da não utilização de rótulos, e da não comparação dos indivíduos com sintomas gerais, mas somente consigo mesmos e suas respectivas aprendizagens, investigando e compreendendo a história de vida particular de cada cliente. Por: Tatiane Arruda
